quinta-feira, 10 de maio de 2012

Atividade física diminui reações de ataques de pânico e ansiedade

atividade física, síndrome do pânico e ansiedade

Taquicardia, náuseas, tonturas e falta de ar são menos intensos em quem se exercita

Praticar exercícios físicos regularmente pode ser uma boa estratégia para prevenir o desenvolvimento de ataques de pânico e doenças relacionadas, sugere estudo feito por pesquisadores da Southern Methodist University in Dallas e University of Vermont in Burlington, nos Estados Unidos, e publicado no periódico Psychosomatic Medicine. 

Para chegar a essa conclusão, foram analisados 145 adultos que tinham histórico de ataques de pânico. Depois de completar um questionário que mede o nível de atividade física e a sensibilidade à ansiedade, os participantes inalaram um ar enriquecido por dióxido de carbono - procedimento benigno que, tipicamente, induz a uma série de sensações corporais, como náuseas, taquicardia, tonturas, dores de estômago e falta de ar, todos sintomas clássicos dos ataques de pânico. 

Depois da inalação, os participantes indicaram seus níveis de ansiedade em reação às sensações. Os resultados mostraram que a reatividade de ansiedade em relação ao estressor foi menor entre os indivíduos que praticavam atividades físicas regularmente. 

Essa não é a primeira vez que um estudo liga atividades físicas à melhora de estados de humor. A presente pesquisa se baseou em descobertas de outrora, realizada por pesquisadores da Oxford University, Reino Unido, que indicavam que o exercício melhora o humor e reduz a ansiedade, funcionando como uma "droga antidepressiva." 

Os pesquisadores, no entanto, enfatizam que exercícios físicos não substituem o tratamento com remédios ou psicoterapia. 

Quando a ansiedade passa a ser preocupante 

A ansiedade é um estado emocional normal. Uma das características do sucesso da espécie humana é a capacidade de antecipar o perigo, o que requer uma preparação geradora de ansiedade. 

No entanto, a ansiedade se torna patológica quando deixa de ser útil e passa a causar sofrimento excessivo ou prejuízo para o desempenho da pessoa. O transtorno do pânico é uma das formas de manifestação da ansiedade patológica. 

O que caracteriza o pânico é a forma súbita com que os sintomas aparecem e o fato de a crise atingir o pico em até 10 minutos. Quem sofre com o mal vive em constante sobressalto, pois não sabe se as crises vão se manifestar novamente dali a minutos, horas, dias ou meses, o que gera intranquilidade e insegurança. É muito freqüente que as crises sejam acompanhadas pela sensação de que algo trágico, como a morte súbita ou o enlouquecimento estão por acontecer, o que traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida. 

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